Educação Holística

 

 

EDUCAÇÃO HOLÍSTICA NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS E SEUS DESAFIOS

 

Lorena Souza Arruda Granja

Licenciada em Pedagogia – FACITE, Licenciada em Geografia – FAFOPA, Especialista em Gestão em Educação com Ênfase em Psicopedagogia -  Leão Sampaio e Especialista em Educação do Campo – ISEAF, Cursando Mestrado em Educação – Anny Sullivan.

 

Raimunda Tânia Pinheiro de Oliveira

Bióloga- Mestra pela Universidade Federal do Ceará (2001)- vivência no ensino da Biologia Geral, com ênfase em Microbiologia, Administração Educacional e Métodos e Técnicas de Ensino (t.biologa@gmail.com).

 

 

 

Resumo: O referido artigo tem como tema a educação holística na formação das crianças e seus desafios, seu principal objetivo é compreender o letramento na vida da criança, sabendo que a criança tem um universo único cheio de sonhos e desejos onde seus ideais precisam ser trabalhados de maneira lúdica usando de diferentes metodologias para alcançarem o topo da alfabetização e do letramento, dessa maneira seus professores precisam ser dinâmicos e terem o verdadeiro desejo de alfabetizar para que as crianças consigam atingir o domínio na escrita, na leitura e na oralidade se são pontos fundamentais para o letramento com sucesso, essa pesquisa foi feita em cunho bibliográficos sendo alguns dos autores usando Rocha (1999), Freire (1990) e Ribeiro (2003) a relevância desse trabalho esta na reflexão sobre a prática de alfabetização e letramento no dia a dia das nossas crianças.

 

Palavras Chaves: Educação, Formação, Crianças, Desafios.

 

 

 

 

 

INTRODUÇÃO

 

 

Esse artigo aborda a educação holística na formação das crianças e seus desafios, analisando a importância do papel do professor com alfabetizador, mostrando diferentes maneiras para se atingir um letramento com sucesso, tendo como principal objetivo compreender o letramento na vida criança. Podemos compreender através desse trabalho os principais desafios que as crianças encontram em busca do letramento com sucesso, fornecendo maneiras de lidar com as dificuldades das crianças analisando sua faixa etária, facilitando o trabalho do professor mediante a realidade de ensino presente em nosso país.

 

As aprendizagens das crianças podem ser compreendida como um processo igual de formação, em busca de identidades diferentes, ou seja, cada criança deve descobrir sua identidade durante o processo de alfabetização e letramento tendo uma compreensão geral do mundo a sua volta.

 

A seguinte pesquisa foi feita de cunho bibliográfico onde foram citados diferentes autores como Rocha (1999), Freire (1990), Ribeiro (2003), que contribuíram para a formulação das ideias presentes nesse artigo.

 

A busca pela a aprendizagem deve ser constante na vida de todo individuo principalmente na vida da criança, pois é na infância que se sonha e é através da aprendizagem adquirida nela que conseguimos conquista nossos ideais em uma vida adulta.

 

 

 

OS PRINCIPAIS DESAFIOS NA FORMAÇÃO DAS CRIANÇAS

 

 

Nos últimos anos parece que os professores estão lidando com a mesma situação de atuarem com perfeição na construção da formação das crianças, diante dessa realidade podemos ressaltar como um grande desafio, os paradigmas e os diferentes problemas apresentados pelas crianças a maior parte deles apresentados por situações familiares decorrentes de país alcoolizados, maus tratos, entre outros. Os professores tentam lidar com esses problemas da melhor maneira possível tentando tornar seu aluno uma pessoa capaz de realizar todas as tarefas previstas em sala de aula.

          

A formação da criança não implica somente num letramento prefeito mais na construção de sua identidade de forma total onde a criança possa tem autonomia em fazer suas próprias escolhas dentro e fora da escola sabendo limitar também as suas escolhas, ou seja, dividir brinquedos com outras crianças, materiais escolares e saber diferenciar suas escolhas dentro da sua condição financeira, se tornando assim uma criança que tem muita compreensão do que ela pode tem dentro de sua vida e consegui se sentir realizada com suas próprias coisas mesmo que sejam poucas e de pouco falo financeira ela conseguir da um valor sentimental próprio a cada brinquedo ou objeto por ela adquirido.

 

Na escola o professor pode propor a criança um ambiente prazeroso aonde através das ilustrações as crianças venham ter prazer em fazer parte daquela escola e tome gosto pelo aprender é essencial fazer do ambiente escolar um ambiente interdisciplinar onde em uma única aula o professor possa usar de diferentes metodologias para introduzir em um único texto ou conteúdo várias disciplinas.

 

A diversidade das situações educativas que emerge no contexto da Educação Infantil ao Ensino Fundamental tem direcionado a necessidade de uma formação que contemple as especificidades da educação nessa fase da vida. Sobre isto, Rocha (1999, p. 56.) assinala que o trabalho com a criança pequena implica uma multiplicidade de aspectos, saberes e experiências específicas que evidenciam a importância de se discutirem quais domínios devem ser contemplados na formação desses profissionais. Por isso o professor deve saber intervir diretamente com seus alunos sabendo as atividades possíveis de serem realizadas por cada faixa etária.

 

Diante da realidade das escolas que oferecem o ensino Infantil e o Ensino Fundamental fica clara a importância dos educadores se preocuparem com o dinamismo de suas aulas, pois as crianças tem muita energia precisam utilizaram na escola em atividades que promovam sua aprendizagem de maneiras divertidas através de jogos, brincadeiras. Cantigas de rodas, músicas diversas entre outras maneiras que possam diversificar as aulas e promover um ambiente escolar muito prazeroso.

 

Na opinião de L. Marques (2001, p. 167-8):   

 

Reeditamos os sentidos manifestados na história. Percorremos o caminho da humanidade na busca de um entendimento do processo de funcionamento da vida, vamos e voltamos, cristalizamos sentidos. Num determinado momento avançou em direção a um “novo” sentido, superamos o “velho” sentido, mas podemos voltar a ele, caso necessitemos. Filiamo-nos a uma determinada formação ideológica, mesmo que inseridos a princípio em outra formação ideológica, retornando a esta de acordo com as condições em que nosso discurso é produzido.

 

 

Quando se fala em percurso de vida comparando o processo de funcionamento do ciclo de vida devemos nos colocar no lugar das crianças que enxergam a essência da vida reproduzindo as ações das pessoas adultas e analisando o agir das pessoas elas produzem o seu próprio agir, formando assim sua postura própria de  vida. A criança é capaz de se espelhar nas pessoas a sua volta por isso o professor deve ter postura e comportamento adequado para passar para seus alunos uma personalidade ideal de comportamento.

           

As crianças enxergam as pessoas a sua volta como verdadeiros espelhos em quem elas buscam espiração para construir sua identidade essas buscas as levam a forma sua personalidade com conduta erradas ou certas tendo em vida seu ambiente familiar e sociedade na qual está inserida. A família deve oferecer a criança um ambiente harmonioso para que a escola possa auxiliar na construção da conduta da criança, pois a família e a escola devem andar juntas em buscar da conduta ideal para suas crianças.

 

 

 

Aspectos que Facilitam a Formação das Crianças

 

 

Ao analisamos a formação das crianças observamos que elas passam por uma serie de fase, onde os seus anos iniciais são fundamentais para construção de sua personalidade para o resto de sua vida, nesse período são delimitadas as principais características psíquicas a partir da relação das crianças com os pais, pessoas próximas, objetos e meio ambiente. Por isso essas relações devem suprir todas as necessidades das crianças sendo elas físicas e psicológicas.

 

A qualidade das relações entre pais e filhos exerce uma influência determinante na formação psicológica das crianças. A partir dos primeiros meses de vida, os pais e responsáveis pela criação e educação das crianças devem dedicar toda a atenção ao desenvolvimento de sua autoestima. É imprescindível oferecer muito afeto e carinho, estimular, elogiar, motivar, para que as crianças construam sua personalidade com base em elevado amor próprio. Da mesma forma, os pequenos devem ter toda a liberdade para expressar emoções: alegria, afeto, tristeza, medo e raiva, as chamadas emoções autênticas. Se a criança for levada a reprimir suas emoções, desenvolverá uma personalidade a normal como plena de tensão, ansiedade, angústia, depressão.

 

Desta forma, os adultos responsáveis pela formação dos futuros cidadãos devem evitar, a todo custo, dirigir-lhes palavras e tomar atitudes que possam desenvolver um baixo nível de autoestima. Assim, não devem se valer de severidade, críticas exageradas, exigências exacerbadas. Inclusive olhares e gestos que possam produzir efeitos negativos. A mania de perfeição é outra característica que pode ser considerada doentia e resulta certamente em prejuízo à formação da criança em cidadãos de identidade própria.

 

Podemos analisar a criança como um ser que idealiza suas ideias dentro do processo de construção do seu próprio letramento, visando sempre analisar suas ideias e seus verdadeiros ideais diante das diferentes situações impostas em nossa sociedade, deixando claro o diferencial no aprender existente entre cada criança.

 

É de suma importância para criança se apropriar do processo de alfabetização e letramento para conseguir a sua real adequação de tempo e espaço, sendo fundamental que o professor analise o processo de aprendizagem de seus alunos como um todo dentro do processo educacional real, buscando sempre metodologias inovadoras para aumentar o desejo pelo aprender das crianças.

 

Magda Soares aponta que:

 

 

Alfabetização e letramento são, pois, processos distintos, de natureza essencialmente diferente; entretanto, são interdependentes e mesmo indissociáveis.  A alfabetização - a aquisição da tecnologia da escrita – não precede nem é pré-requisito para o letramento, isto é, para a participação em práticas sociais de escrita, tanto assim que analfabetos podem ter  certo nível de letramento: não tendo adquirido a tecnologia da escrita, além disso, na concepção psicogenética de alfabetização que vigora atualmente, a tecnologia da escrita é aprendida não, como em concepções anteriores, com textos artificialmente para a aquisição das “técnicas” de leitura e de escrita, mas através de atividades de letramento, isto é, de leitura e produção de textos reais, de práticas sociais de leitura e de escrita.(SOARES, apud RIBEIRO, 2003, p.92).

 

           

Segundo a citação a cima a prática de letramento e conjunto que interliga a aprendizagem da criança a partir de um processo que envolve a leitura, a escrita, a oralidade e a produção onde através desse processo de construção do aprender a criança fica pronta para convívio das praticas sociais, onde sua principal meta é construir sua identidade dentro do processo perfeito de letramento.

 

Os educadores devem se sentir preparados para lidarem com os diferentes desafios apresentados por seus alunos decorrentes do processo de aprendizagem, aprimorando o aprender dos alunos com aulas lúdicas onde os alunos possam tem um contato direto com as brincadeiras, a dança, a música, o jogo, a brincadeira e uma serie de outras metodologias que possa facilitar a leitura e a escrita das crianças.

 

 

 

O Papel do Professor na Alfabetização e Letramento das Crianças

 

           

Tendo em vista a visão Piaget Iana, a aprendizagem é provocada por situações externas ao desenvolvimento sendo chamada de aprendizagem em sentido amplo, onde o desenvolvimento cognitivo acontece igual para todas as crianças. Assim o professor deve entrar como idealizador dessa aprendizagem fazendo com que as crianças alcancem o mesmo ritmo de aprendizagem tendo em vista o desenvolvimento da maturação da cada criança. Os aspectos sociais e emocionais devem ser valorizados na realização de cada atividade, tendo em vista sua conquista da alfabetização e letramento.

 

Pensando nas aprendizagens, é necessária que o professor considere, em termos de organização de seu trabalho, a interação entre as crianças, os conhecimentos anteriores, de qualquer natureza, a individualidade, e o nível de desafios apresentados pelas atividades e as conquistas possíveis. O professor é o mediador entre seus alunos e os objetos do conhecimento, que organiza e propicia espaços e situações de aprendizagem, em que são articulados os recursos afetivos, emocionais, sociais e cognitivos de cada criança aos conhecimentos prévios em cada área.

 

É ao professor que cabe a tarefa de singularizar as situações de aprendizagem, considerando todas as suas capacidades e potencialidades e planejar as condições do verdadeiro aprender, com base em necessidades e ritmos individuais e características próprias. Os educadores precisam levar em conta o pensamento e a linguagem de seus alunos, bem como seus conhecimentos prévios e interesse naquele assunto, organizando situações de aprendizagem, nas quais novas experiências possam ser vivenciadas, acomodadas às já existentes. Essas experiências promoverão o crescimento e a reequilibração necessárias para que aconteça a aprendizagem. Ele deve proporcionar situações de conflito, que causem desequilíbrio nas estruturas cognitivas do aluno que precisa buscar sua reequilibração.

 

Para aprender a ler, portanto, é preciso interagir com a diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que os leitores fazem deles e participar de atos de leitura de fato: é preciso negociar o conhecimento que já se tem e o que é apresentado pelo texto, o que está atrás e diante dos olhos, recebendo incentivo e ajuda de leitores experientes (PCNs, 1997, vol.2, p.56).

 

 

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para aprender a ler e preciso interagir utilizando de diferentes tipos de textos, dessa maneira cabe ao professor incentivar seus alunos diante da diversidade textual, mostrando aos alunos como é pode ser prazeroso o ato de ler, usando sempre de didáticas que auxiliem as crianças no processo de letramento.

 

As práticas de letramento, para Street (1995), são os episódios observáveis que se formam e se constituem pelas práticas sociais. Dessa maneira o professor deve interagir com seus alunos as diferentes práticas presentes na nossa sociedade, onde a criança possa ter um conhecimento de mundo através de imagem e vídeos onde ela possa produzir e comentar sobre os diferentes acontecimentos se tornando assim o cidadão ciente da situação atual do Brasil e do Mundo, onde o professor vai poder explorar as diferentes situações abrindo assim um horizonte real para seus alunos.

 

A relação entre alfabetizadores e alfabetizados deve partir do diálogo e do processo constante de construção do conhecimento como identidade mútua, por isso é fundamental que o educador se coloque como sujeito inconcluso, contraponto o caráter autoritário de uma educação bancária que repassa o conhecimento para quem não o tem.

 

A atuação dos educadores deve ter como referência uma leitura crítica da sociedade compreendendo o papel da educação nesta conjuntura, enfrentando atitudes ingênuas e neutras que negam seu sentido político.

 

Por isso, abordamos o pensamento de Freire (1990, p.23) apontando que: 

 

 

Do ponto de vista crítico, é tão impossível negar a natureza política do processo educativo quanto negar o caráter educativo do ato político. Isto não significa, porém, que a natureza política do processo educativo e o caráter educativo do ato político esgotem a compreensão daquele processo e deste ato. Isto significa ser impossível, de um lado, como já salientei uma educação neutra, que se diga a serviço da humanidade, dos seres humanos em geral; de outro, uma prática política esvaziada de significação educativa.

 

 

 

O professor é o mediador do conhecimento é através dele que conseguimos alcançar o processo de ensino e aprendizagem é ele quem encoraja nossas crianças para lutares por um futuro digno onde cada um possam construir suas metas, em busca de um amanhã cheio de idealizações e sonhos.

 

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

Esse trabalho se fundamentou em mostrar a importância de lutamos por uma educação de qualidade para nossas crianças tendo em vista o letramento e a construção da sua identidade diante das diferentes situações sociais na qual as crianças se encontram. As crianças apresentam diferentes maneira de se comportar diante das diferentes modalidades de ensino nas qual nos encontrou atualmente, deixando transparecer muitas vezes suas dificuldade pela busca do aprender diante de uma realidade de diferentes níveis de aprendizagem, assim o professor entra como mediador desse conhecimento facilitando a aprendizagem dos alunos que conseguem chegar à alfabetização e ao letramento com sucesso.

 

O papel do professor é lutar por uma educação de qualidade para seus alunos usando sempre de novas metodologias para gerar nos alunos uma imensa vontade de aprender a aprender, pois as crianças são a esperança de um futuro melhor.

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

 

FREIRE, Paulo. Alfabetização: Leitura da Palavra, Leitura do Mundo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

 

MARQUES, Luciana Pacheco. O Professor do Aluno com Deficiência Mental: Concepções práticas pedagógica, Juiz de Fora, MG: Editora UFJF, 2001;

 

Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1997.

 

PIAGET, Jean. Para Onde Vai a Educação. Rio de Janeiro, José Olímpio, 2007.

 

ROCHA, E. A. C. A Pesquisa em Educação Infantil no Brasil: Trajetória recente e perspectivas de consolidação de uma pedagogia da Educação Infantil. Tese (Doutorado em Educação Infantil. 1999. 262 f.) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1999.

 

RIBEIRO, Vera Masagão. Letramento no Brasil: Reflexões a partir do INAF(Indicador Nacional de Analfabetismo Funcional). São Paulo: Global, 2003.

 

SOARES, Magna. Linguagem e Escola: Uma perspectiva social. São Paulo. Àtica, 1986.

 

STREET, B. V. Perspectivas Interculturais Sobre o Letramento. Harow: Pearson, 1995.

 

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